sexta-feira, 4 de abril de 2025

Esperança. Sempre você.

 Boa noite, minhas queridas. 

Hoje foi um dia muito produtivo. 

Acordei cedo. Sempre acordo. Não tenho mais atração por dormir. A luz do dia, o brilho do luar ou as luzes noturnas da cidade me chamam. 

Não que eu acorde cedo e saia pulando da cama e fazendo mil coisas. Acordo, faço o café, vejo um jornal, penso, respiro, olho a praça, vejo as mensagens. Uma hora se passou. Sete horas meu dia começa realmente. 

Normalmente, este horário é voltado para o estudo. De uma a duas horas de estudo. Em outras épocas já foi mais, mas agora é o que é possível dedicar exclusivamente para isso. 

As manhãs das sextas-feiras agora são diferentes. Fui aceito como aluno-ouvinte de uma pós-graduação em "Mercado de Trabalho e Sindicalismo" no CESIT, um centro de estudos de economia renomado da Unicamp. Se tudo der certo, serei um aluno regular em breve. Passo a manhã das sextas-feiras em aula. É tão bom estar de volta neste mundo da universidade. Lá são todos grandes professores, estudiosos e pesquisadores. E os colegas são todos sindicalistas, juízes, advogados, economistas etc. Está sendo muito bom. Tem me dado um ânimo novo. Hoje, em especial, foi um dia de seminários. Uma fonte de conhecimento. 

Voltei rapidinho para casa quando terminou. Peguei tia Vivi que ia fazer umas coisas com o carro. Ela me deixou, então, no escritório. A tarde foi de bastante trabalho, mais uma aula sobre Recurso de Revista, conversas sobre temas jurídicos com um tio que é um grande jurista. Conversas e discussões com sua tia Inês, que agora é minha sócia. Como o mundo dá voltas. 

Ainda sobrou uma energia para, agora de noite, sair com a tia Vivi e com um casal de amigos e curtir a "night". Hoje eu realmente estou animado. 

Na verdade, apesar de um certo esgotamento que sinto de vez em quando por conta da carga de trabalho, meus dias estão mais felizes. Falar com você, Luiza, reacendeu uma chama de amor e esperança no meu coração. A rejeição de vocês estava sendo uma dor imensa. Mas os seus contatos, Lu, trazem de volta para mim a esperaça de que podemos ser pai e filhas novamente. Em algum momento, pelo menos. 

Você me falou um pouco da sua rotina, do seu dia, das suas coisas. E foi tão bom. Foi tão feliz. Eu sei que você não sabe mais quem eu sou como pai, como pessoa. Por isso faço questão de deixar essas coisas aqui. Estes insights, lampejos de uma vida apartada da prole. Este diário do nada que é meu tudo. Aguardo que vcs me dêem a chance de ser o pai que eu gostaria. Tenho certeza que você vai encontrar alguém absolutamente pronto para te amar e te ajudar em tudo na vida. 

Apenas dê uma chance para que o rio da vida corra no leito que é dele. 


Lembra quando vc me mandou essa foto?

Deixe eu andar ao seu lado nesse caminho, minha filha. E traga sua irmã junto conosco. 

Um beijo no seu coração e no coração da Marina. 

Papai