Olá, meninas.
Espero que vcs estejam bem. Sempre espero.
Dessa vez acho que algo se quebrou em mim.
Tenho lidado há muito tempo com a frieza e indiferença da Marina. Mas você, Luiza, tendo me procurado no início do ano passado para conversar, foi uma esperança imensa que se renovou dentro de mim de que, finalmente, seria possível estabelecer um canal de comunicação verdadeiro, próprio e direto entre nós (sem a interferência da sua mãe, que foi um câncer maligno na nossa relação parternal) que, em algum momento, também tocasse o coração da sua irmã.
Mas eu me enganei.
Infelizmente o controle psíquico que é exercido sobre vcs duas é realmente brutal. O campo de força invisível da alienação parental que vcs sofreram e sofrem é doentio.
Eu peço desculpas e me penitencio, porque eu fui fraco para lidar com isso. Sempre acreditei que o bom senso venceria.
Vcs estão doentes, meninas. E isso é uma tristeza para mim. E será o fardo cobrado em algum momento da sua mãe.
Luiza, suas comunicações sempre foram estranhas, escondidas das pessoas, fora da vista de qualquer um que fosse conhecido daí. No mais, não tiveram uma continuidade, não consideraram as minhas tentativas de contato e foram sempre superficiais, em virtude da sua incapacidade de se abrir e ter uma conversa verdadeira, clara, sincera. Era nítido o seu carinho e a sua vontade de ter uma relação comigo. Mas, muito rapidamente, as coisas acabaram ficando vazias para vc provavelmente. E acabaram.
Com a Marina, então, eu nem sei dizer o nível dos distanciamento e frieza que existem da parte dela. Ouso dizer, Marina, que as suas atitudes para comigo deixam clara certa conduta que resvala no vil. E isso me dói por você ser assim.
Acho que certas coisas são o básico da educação, do respeito e da civilidade. E não ver um telefonema meu ser atendido em dia de aniversário, em dia de Natal e em véspera de Ano Novo tem um significado duro, triste e estranho para mim. Não ser aceito numa rede social pelas minhas filhas?? Por que optar por ser assim comigo??
Claro que vcs tb não são obrigadas a gostar de mim e eu respeito a decisão de optarem por não quererem manter uma relação comigo em qualquer nível. Só lamento, porque não é sadio. Nem cristão também. Cristandade que vocês aí gostam tanto de mostrar, mas que não conhecem de verdade.
Eu estarei sempre por aqui, aguardando caso mudem de ideia. Mas se não mudarem, tb está tudo bem. Vou ter que guardar a minha vontade de amar minhas filhas com plenitude para uma outra vida. E vou estar amando vcs aqui de longe, mas fria e tristemente.
Fico pensando que um dia vcs talvez tenham um filho ou uma filha e eu sequer saiba quando nascerem. Como agora, que eu não sei onde vcs moram, como está a faculdade, como é viver sozinhas, como está a vida de vcs... Se fosse porque eu não ligo, não procuro, não desejo, não busco, não tento... tudo bem, entenderia. Mas chegou meu limite. Vcs já tem 20 anos.
Um beijo para vcs. Feliz Ano Novo. Espero que sejam e esteja felizes neste 2025.
Quando puder vou até aí. Aviso antes e deixarei que escolham se querem me ver ou não. Até lá, estou por aqui.
Fiquem bem, meninas.